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Resenha: O joio e o trigo


o joio e o trigo

Ao escrever esse livro – que se encontrava guardado há mais de cinco anos - ,a intenção do Dr. Inácio Ferreira foi a de nos auxiliar a discernir, na seara espírita, o joio do trigo. Considerou o seu autor espiritual que o momento de publicar esta obra é agora, porque sem dúvida, o Movimento Espírita se encontra numa encruzilhada histórica: permanecer fiel aos propósitos de Allan Kardec, na revivescência do Evangelho de Jesus, ou transformar o Espiritismo em mais uma religião repleta de dogmas, deturpando-o qual foi feito com o Cristianismo.

Não resta dúvida de que, em nossas lides doutrinárias, Chico Xavier representou e representa o bom grão, que infelizmente, o joio do personalismo e da vaidade de tantos vem tentando sufocar.

Este livro coloca a responsabilidade do futuro do Espiritismo na Terra em nossas mãos. O momento, portanto, é de escolha que, inevitavelmente, tem que ser feita, e pela qual, no devido tempo, haveremos de responder.

Bom dia queridos leitores!

A resenha de hoje é de um livro do Dr. Inácio Ferreira, aqui no blog tem resenha de outros livros dele. Eu devo admitir que eu sou realmente fã das obras dele. Nunca vou esquecer que foi lendo um livro dele que eu decidi começar a fazer algumas coisas na minha vida, que naquela época estava muito parada! Fora que eu gosto da forma como ele escreve os livros dele e a forma gente como a gente que eu me identifico total. Não quer dizer que eu esteja no mesmo nível evolutivo que ele....não mesmo!! Mas pelo menos me identifico com o que ele tem a passar!

Vamos a resenha?

Inácio Ferreira inicia o livro falando que dentre os diversos afazeres que ele desempenhava no plano espiritual, ele buscava encontrar tempo para que o que ele tem a dizer pudesse continuar sendo transmitido aos encarnados. Sendo assim ele sempre ia anotando considerações que acreditava ser importante transmitir.

Sendo que uma dessas considerações é sobre a questão de que a vida fora do corpo, é muito semelhante a vida na Terra, mas ela não é exatamente aquilo que se imagina ou muitas vezes se espera. A começar pelo próprio corpo espiritual, que mesmo sendo constituído de matéria rarefeita, ainda assim não deixa de ser matéria. Assim como ele diz que o corpo terrestre ou o corpo constituído de carne humana não deixa de ser espiritual, mesmo sendo de uma matéria mais grosseira, sendo que, são diversos corpos que nos revestem a essência.

Então o espírito ou ser inteligente, pode ser comparado a um diamante bruto, que conforme as encarnações vamos sendo lapidados, no nosso caso vamos nos aperfeiçoando, à medida que evoluímos. Em seguida ele se faz um questionamento sobre quando ele será apenas uma centelha etérea? Quanto ainda terá que aprender para chegar a esse estágio? Ele faz indagações sobre esse ponto de que o processo de evolução simplesmente depende da nossa mente. Que nos rodeamos de ilusões, sendo que a vida em torno é sempre a projeção de nossos pensamentos.

Analisando o plano espiritual ele está mais para a física do que para a religião. Sendo que a última o autor diz que se afastou da realidade, sendo hoje em dia mais ligada a um fanatismo e de muito misticismo. Ele também diz que hoje a existência do Mundo espiritual é comprovada pela ciência, desde que físicos como Albert Einstein comprovou que a matéria é energia e vice-versa, que uma é capaz de transmutar a outra.

Nesses casos, ele diz que o períspirito nas dimensões no qual ele habita( plano espiritual), adoecem, são constituídos de células e órgãos, mesmo que menos densos, mas são. Seguindo com as considerações do Inácio ele cita um trecho do livro dos espíritos, a questão 1014, “ Como se explica que espíritos que revelam, por sua linguagem, a sua superioridade, tenham respondido, a pessoas bastante sérias, a respeito do inferno e do purgatório, de acordo com as ideias vulgarmente admitidas? Resposta: Eles falam uma linguagem que possa ser compreendida pelas pessoas que os interrogam. Nessa parte Inácio explica de forma mais clara o que foi falado na pergunta, que no caso se um espírito dissesse que Maomé não era um profeta, para um muçulmano, essa informação não seria muito bem aceita.

Chegando a um questionamento, sobre qual mundo é matriz do outro, Dr. Inácio nos pede para que nos atentemos a pergunta do livro dos espíritos, número 85(resposta): O mundo espírita, ele preexiste e sobrevive a tudo”. Sendo assim, o que existe aqui é uma projeção adaptada a nossa realidade do que existe no mundo espiritual. Sendo que as religiões terrenas por séculos nos deturparam a mente nos fazendo acreditar que a Vida se origina na Terra.

Vamos as minhas considerações?

Esse livro não é divido em capítulos, simplesmente é capítulo 1 , 2 e assim por diante. Mas isso não é um problema, somente um detalhe, como o livro é todo em cima de ideias que ele tem, então cada capítulo é uma continuação do que ele está pensando.

Livro muito bom, que te faz refletir sobre diversos temas do mundo espiritual, assim como algumas coisas que não temos conhecimento. Muitas vezes ainda trazemos aquela ideia do Nosso Lar das obras de André Luiz, e chega o Inácio (super íntima eu) colocando os pés no chão de todo mundo com relação a diversas crenças que possuímos ou idealizávamos. Obra que merece ser lida, como todos que eu já li dele até agora!

As vezes vejo em algumas obras o Dr. Inácio dando meio que uma bronca nas pessoas por elas ainda vislumbrarem o plano espiritual como sendo o Nosso Lar, e que na realidade não é assim. Algumas vezes me perguntava porque ele brigava com as pessoas, sendo que essa foi uma das primeiras noções transmitidas aos espíritas.

Mas depois de ver que suas obras com mais de 30 livros publicados, alguns de 2012 e me arrisco a dizer que outras antes dessa data, justificam sua braveza, já que a muito tempo ele vem tendo essa conversa franca conosco, e nós nunca estamos prestando atenção ou nos importando.

E vocês, já leram algum livro espírita que abriu mais a cabeça de vocês?

Beijos carinhosos e excelente semana,

Natália Carrieri

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