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Resenha: Como encontrar o trabalho da sua vida


Sinopse

O desejo por um trabalho gratificante é uma das grandes aspirações da nossa era, e este livro inspirador revela como podemos realizar esse objetivo. Ele explora as contradições que enfrentamos para ter dinheiro, status e ao mesmo tempo fazer algo significativo que esteja em sintonia com nossos talentos.

Recorrendo a sociologia, psicologia, história e filosofia, Roman Krznaric escreve um guia prático e inovador para nos ajudar a seguir um rumo nesse labirinto de opções, superar o medo da mudança e encontrar uma carreira que nos fará prosperar.

Bom dia queridos leitores!

Conheci esse livro e os outros da série The School of Life quanto tive o desprazer de trabalhar naquele local. Foram somente dois meses. Teoricamente a proposta dessa escola é a de ensinar inteligência emocional, contudo esse ensinamento não era seguido pelas donas do local e muito menos por alguns professores que lecionavam no ambiente. Vindo a ser o maior antagonismo vivido por mim. Contudo não posso deixar de dizer que os livros são muito bons.

Vamos a resenha?

No primeiro capítulo é contada a trajetória de vida de forma objetiva de três personagens distintos, o primeiro é o Rob Archer, nascido em Liverpool, em um conjunto habitacional onde a forma de ganhar a vida era vendendo heroína. Ele lutou para sair de lá e conseguiu, estudou muito, passou na universidade e conseguiu um emprego como consultor administrativo em Londres. Segundo ele, ganhava muito bem, tinha clientes interessantes e sua família se orgulhava de onde ele havia conseguido chegar. Entretanto internamente ele não se sentia dessa forma, ele era infeliz.

Com esse cenário ele não via alguma alternativa para poder sair da realidade na qual ele se encontrava, pois para ele todas as possibilidades, como mudar de carreira e começar tudo de novo, pareciam impossíveis a ele. Ao mesmo tempo, ele se sentia culpado por buscar sentido e realização, enxergava essas duas premissas como luxos, visto a vida bem-sucedida que ele vinha levando.

Sameera, teve uma epifania quando estava sentada na praia em Sicília, na Itália em sua Lua de mel. Formada como advogada, teve influência, segundo ela, 150% por conta dos pais, mas ela não se sentia realizada. Começou a refletir que a carreira deveria oferecer mais do que ela vinha vivendo. Também começou a se questionar se a vida dela seria sempre assim, fazendo as pessoas ricas ficarem cada vez mais ricas.

A possibilidade de ingressar em outra carreira a assustava, pois ela não se via não sendo advogada, pois para ela, aquilo era o que a definia e perder essa identidade a faria se sentir vazia e insegura. Fazendo com que assim surgissem questionamentos na cabeça dela do tipo: Quem é você? Se você não é uma advogada, o que é você? Isso a foi deixando desesperada, pois ela não sabia com quem conversar sobre o assunto, a ponte de procurar no Google algo parecido como:” O que fazer se você detesta o seu trabalho?”.

No capítulo 2, Uma breve história da confusão profissional, o autor do livro narra uma história pessoal na qual estava com o pai dele em uma galeria de artes na Austrália e estavam vendo a obra de arte chamada Blue Poles, de Jackson Pollock. Os dois observadores tiveram opiniões diferentes com o que viam. O pai dele sentia que estava vendo uma cela do lado de fora, já o autor sentia o contrário sentia-se preso dentro da cela.

Com isso houve uma conversa entre os dois sobre as infinitas possibilidades de escolha que o autor, naquela época com 23 anos de idade possuía. Muito maiores que a do seu pai, que chegou da Polônia e ficou na Austrália. Para conseguir o visto definitivo para morar por lá precisou abandonar seus próprios talentos como a matemática e música. Ele precisou fazer um curso na área de enfermagem, que foi o que possibilitou a ele e a todos da família a cidadania, em seguida conseguiu um emprego na IBM e foi onde trabalhou por 50 anos da vida dele.

Durante aquela conversa entre os dois, era difícil para o pai do autor entender como uma pessoa cheia de possibilidades a sua frente poderia se sentir perdido. Em seguida a esse relato o autor diz que hoje em dia são poucas as pessoas que ao passar por uma troca na escolha profissional, não passem por uma crise, devido qual o caminho certo a ser escolhido. Quase finalizando o capítulo ele faz uma pergunta: “Em comparação com seus pais e avós, qual foi seu poder de escolha em relação a sua vida profissional?”

Dando sentido ao trabalho, capítulo 3 do livro, é abordada 5 possibilidades diferentes que o trabalho pode se encaixar para cada pessoa, como ganhar dinheiro, alcançar status, fazer a diferença, seguir as nossas paixões e usar os talentos natos.

No caso do dinheiro e status são chamados de fatores motivadores extrínsecos, uma vez que tratam o trabalho como meio para o fim destinado. Já os outros fatores são conhecidos como fatores motivadores intrínsecos, como o trabalho valorizado como um fim em si mesmo. E analisando todas essas questões esse capítulo além de abordar essas 5 questões, questiona o leitor sobre qual dessas 5 é a principal em sua vida, que vem motivando nas escolhas profissionais.

Tento claro essas 5 questões fica menos difícil identificar os trabalhos ou carreiras que mais a pessoa se identifica e do que é realmente significativo para ela. Assim como também o autor deixa claro que não existe um modelo único a ser seguido nessa busca.

Vamos as minhas considerações:

Quando comecei a ler esse livro, acabei parando por peguei uma certa aversão a livros intitulados autoajuda. Mas depois acabei desmistificando esse meu próprio pensamento e voltei a ler.Se eu acredito que esse livro mereça ser lido? Com certeza. A cada final de capítulo o autor faz uma pergunta ao leitor para reflexão, que é muito interessante. Assim como ao longo da leitura ele propõe uma série de exercícios que devem ser praticados.

No meu caso, após ler esse livro, quis pegar todas as perguntas ao final de cada capítulo e escreve-las em um papel, para responder para mim mesma! Ainda não fiz as outras atividades propostas, como a construção de uma mapa, no qual você coloca no papel todas as escolhas que fez de carreira e o que te motivou a escolhe-las, para que assim você possa entender se o que guiou você até aquele ponto na sua vida vai realmente de encontro com seus valores.

Contudo já respondi quase todas as perguntas que são feitas ao longo do livro! Vale a muito a pena. Vale mais a pena quando você faz esses exercícios com outra pessoa! Pois há a possibilidade de troca de experiências!! Recomendo fortemente!

Sei que há gestores, espalhados pelo Brasil a fora, que chamam seus funcionários de merdas (ou alguma coisa do gênero) e acho definitivamente isso triste, pois até onde eu entendo de leis, isso chama-se assédio moral. É muito ruim entrar em uma empresa onde seu gestor fala com você do jeito que quiser por puro prazer. Uma vez escutei de um gestor que quando um determinado profissional chegasse ao setor dele (a), essa pessoa não ia aguentar nem 10 dias (tudo isso em tom de que realmente o gestor (a) faria a pessoa em questão sofrer mesmo). Isso é ser humano com outro humano?

Ao mesmo tempo entro em uma biblioteca onde há a revista Harvard Business e na capa está escrito, como tornar as instituições realmente flexíveis. Quem será que lê aquela revista? Ou qual gestor se importa verdadeiramente com isso? Não estou dizendo que gestores devem passar a mão na cabeça do funcionário quando ele está errado. Mas qual o limite da forma como as coisas são colocadas?? Já escutei que esse tipo de discurso é mimimi.

Mimimi para mim sempre sai da boca de pessoas que sabem que estão fazendo algo errado, mas que não conseguem admitir. Pessoas a favor do racismo dizem que negros fazem mimimi, pessoas homofóbicas dizem que a classe LGBT é exagerada quando uma pessoa é espancada no meio da rua por ser o que é, homens que cometem feminicídio ou mulheres que não acreditam na causa feminista dizem que é mimimi quando as estatísticas apontam que a cada 11 minutos uma mulher é agredida fisicamente no Brasil(eu já fui agredida e quem fala que isso é balela come merda). E talvez o assédio moral esteja entrando para a lista dos percursores do mimimi.

Acho verdadeiramente estranho quando empresas não realizam feedback com os gestores. Até onde eu sei eles são seres humanos e falham. Se não falham nos processos com certeza erram na gestão de pessoas. Mas para que seria importante o feedback dos funcionários quando os superiores estão sempre certos?

Das últimas 3 empresas que saí foi justamente por conta da falta de respeito do gestor para com o funcionário. O poder não corrompe ninguém, as pessoas já são corrompidas por si só. Basta a oportunidade. Nesse momento da minha vida estou na busca por outras realizações. Não almejo mais ganhar rios de dinheiro, mas almejo e muito ser respeitada pelos meus superiores. Pois assim posso passar as 08 horas do meu dia bem. Tanto comigo como com as pessoas ao meu redor. E em paralelo fazer minhas coisas, como escrever no meu blog, ler meus livros, ir em feiras...viver.

Que possamos encontrar nossas verdadeiras vocações e sermos felizes, para deixarmos assim as outras pessoas serem felizes também. Gente mal resolvida tem prazer em tornar a vida de outras menos feliz. Que não sejamos essas pessoas!

E você, já leu algum livro sobre essa temática? Não deixe de dizer nos comentários!

Excelente semana a todos!

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