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Resenha: Me poupe!


Bom dia queridos leitores!

A resenha de hoje é de um livro que havia entrado na minha lista de livros para comprar. Ganhei de uma pessoa que naquele momento da minha vida eu acreditei que poderia ser minha amiga. Mas assim como fazemos escolhas erradas de emprego, também podemos nos enganar com as pessoas. A amizade acabou (graças a Deus), mas o livro ficou. Sendo assim...

Vamos a resenha?

No capítulo de introdução a Nathalia Arcuri começa dizendo que independente de quanto se ganha, devemos aprender a adestrar nosso dinheiro, pois somos nós que devemos mandar nele e não o contrário. Em seguida ela faz um questionamento, de qual foi a última vez que a pessoa que está lendo o livro se lembra de ter pago todas as contas e ainda ter uma grana sobrando no final do mês.

Em seguida ela busca mostrar quais serão os pontos que ela irá abordar ao longo da leitura, como, quais são os melhores e piores investimentos, previdência privada, CBD, tesouro direto, como poupar sem abrir mão de desejos no presente. Assim como ela possui interesse de mostrar ao leitor que ele pode sair da situação que ele se encontra, independente do tamanho do buraco. Para tal solução ela apresenta 10 passos para fazer uma análise da vida financeira e consequentemente tomar as ações necessárias para mudar o quadro que a pessoa está.

Antes de partir para os primeiros capítulos era sugere um programa de leitura do livro, onde a pessoa deve definir uma data na qual ela gostaria de terminar a leitura, em seguida você deve anotar a data de hoje e classificar sua vida financeira de 1 a 10, sendo que 1 significa Muito Ruim e 10 representa Excelente.

No capítulo 1 – Dinheirofobia – Precisamos falar sobre dinheiro

Nesse capítulo ela fala sobre algumas crenças limitantes que podem levar ao diagnóstico de dinheiro fobia, como por exemplo Acreditar que Deus ajuda quem tem uma parcela para pagar ou pensar que os ricos são maus e os pobres são bons. Diagnosticado os sintomas, a autora descreve algumas atitudes dessas pessoas, como sumir do treinamento, ou no caso do consultório ( no caso ela faz uma analogia), mesmo sabendo da necessidade de continuar o tratamento ou aqueles que após a constatação que sofrem de um problema com dinheiro, conseguem seguir o tratamento de forma eficaz e se livram desse problema.

Depois ela apresenta dois diálogos fictícios, de uma amiga convidando a outra para ir ao um sex shop, sendo que uma delas está sem dinheiro e nem tem namorado, mas topa mesmo assim. O outro diálogo é de uma amiga dizendo a outra que ela não havia conseguido pagar as contas do mês e que está atrasada com a mensalidade do apartamento, sendo que a outra amiga pedi ajuda para que ela possa criar uma planilha de orçamento financeiro e assim se organizar. Sendo que na nossa vida, a primeira opção de conversa, aquela na qual não temos dinheiro, mas não recusamos um convite é o mais comum. Mas ela quer que até o final do livro essa realidade mude.

Um dos primeiros pontos que a Nathalia considera importantes é conversar abertamente sobre dinheiro e propõe um exercício que é para o leitor completar com as seguintes questões:

- Quanto você espera ganhar esse ano?

- Quanto ganhou no ano passado?

- Quanto gostaria de ganhar o ano que vem.

Depois disso ela explica como a dinheirofobia se instala na vida das pessoas, sendo que primeiro começa na infância, quando escuta algo negativo sobre dinheiro ou presencia fatos, ou até mesmo quando esse assunto nunca é conversado em casa, depois esse sintoma se agrava e parte para a fase que ela chama de espelhamento, geralmente sendo isso na adolescência, quando a pessoa adota as mesmas atitudes que viu em casa. E aí começam os aparecimentos dos primeiros sintomas efetivamente, que geralmente surgem no primeiro emprego, a pessoa gasta compulsivamente, sabe disso, mas não procura ajuda e ao final, que ela chama de estágio 4 – o estágio avançado, quando há endividamento excessivo e descontrole financeiro.

Capítulo dois – O primeiro não – a importância de ter um objetivo

O sonho da autora de consumo era um Escort conversível vermelho, isso quando ela tinha entre 7 e 8 anos de idade, nessa época o real ainda não havia sido implantado e o cruzeiro sofria constantemente com a inflação. Foi dentro desse contexto que enquanto ela estava com as amigas dela, a mais abastada de todas disse que o pai dela havia aberto uma poupança para que quando ela tivesse 18 anos pudesse ter o primeiro carro.

Essa informação caiu como uma bomba para a Nathalia, que no mesmo dia foi direto ao pai dela perguntar se ele havia feito a mesma coisa e o pai dela disse que não, e caso ela quisesse alguma coisa ela deveria correr atrás, nas palavras dela, cresça e apareça. Foi com esse primeiro não na vida dela, que o objetivo dela em ter um carro virou um tipo de obsessão, sendo assim ela começou a focar em como conquistar esse sonho e o que ela deveria fazer, ou quais meios, como por exemplo abrir uma poupança e depositar um valor X mensalmente, deveriam ser as metas dela.

Vamos as minhas considerações?

Caraaaa tive realmente problemas para ler esse livro, não porque ele é ruim, mas porque peguei nojinho. Quando não gosto da pessoa ou tenho alguma ressalva com ela, o livro que essa pessoa possa ter me dado simplesmente perde totalmente o sentido para ser lido. Eu comecei empolgadona...depois a relação de amizade que eu tinha com a pessoa foi se deteriorando e consequentemente a minha vontade de encostar no livro também. Foi com custo que venci esse sentimento e aí terminei a leitura.

Mas vamos ao que interessa de fato, que é o que eu achei dele. Acredito que faz 3 anos que eu comecei a buscar informações sobre vida financeira pessoal e tudo o que fosse relacionado a esse assunto. E claro que a Nathalia Arcuri era e ainda é uma das pessoas responsáveis pelo conhecimento que eu tenho hoje sobre gestão financeira. Isso não quer dizer que eu não dê umas derrapadas atrozes, pelo contrário. Mas acredito que de 3 anos atrás até hoje eu melhorei sim...não no nível que eu quero, mas tenho certeza que conseguirei.

Quem acompanha os vídeos da Nathalia pelo canal me poupe vai conseguir visualizar ela conversando através das páginas daquele jeitinho que é só dela. Ela conta bastante coisa sobre a vida pessoal dela. Eu não achei isso noooossssaaaaa que legal, porque parece um tipo de biografia, mas sim, há pontos interessantes ao longo da leitura. Um dos pontos que considero positivos é que o livro é muito interativo, desde o começo ela quer que as pessoas estabeleçam meta de leitura, tem um outro quadro que ela sugere que você preencha para começar a economizar, ela apresenta o quadro e até mesmo como preencher! É bem legal.

Todavia, esse livro é de fato para pessoas que estão iniciando nesse mundo de gestão financeira, não para aqueles que estão a algum tempo estudando. Contudo quero deixar claro uma coisa, estudar, ler, ver vídeos e saber sobre o conteúdo, mas não coloca-lo em prática é o mesmo que nada, então o livro por mais que seja para iniciantes vale a pena ser lido pois se você, como é o meu caso, ainda não está como deveria estar com a sua saúde financeira, o livro serve como um recado do tipo: Beleza...se já sabe os paranauês e não está fazendo porquê? Isso é importante, pois conhecimento não aplicado não serve para nada!

No meu caso eu me enquadro perfeitamente nos sintomas de saúde financeira que a Nathalia cita, nunca tive bons exemplos sobre esse assunto em casa, até um ponto que eu vi que como estava não dava para ficar e a única saída que eu tinha era ler livros, adquirir conhecimento para conseguir mudar minha situação, tanto da forma de agir como a forma de pensar, que na minha opinião é o pior. Sei que é ruim quando você está tentando mudar e nem seus familiares acreditam em você (isso acontece comigo), mas tenho certeza que você, assim como eu conseguiremos ter além da visão atitudes cada vez mais saudáveis referente ao dinheiro.

Pontuar as nossas pequenas conquistas se faz de extrema importância, pois no dia-a-dia cômodo de cada um, aquele que só quer saber de receber e não de trabalhar para tal, não vai parar para te parabenizar pelos seus pequenos, mas grandes feitos de mudanças alcançadas.

Voltando ao livro, somente não curto a forma como ela faz a divisão de dinheiro, há outros Youtubers financeiros ou outros sites que propõe outras formas de divisão e eu optei por outro, mas isso vai de cada um.

Portanto acredito que vale sim comprar o livro para ler e relembrar aprendizados iniciais tão importantes no nosso dia rumo a mudanças significativas em nossas vidas.

E vocês, já leram o livro dela ou conhecem o canal dela ou assistem algum semelhante?

Beijos carinhos e excelente final de semana

Natália Carrieri

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