Sinopse:
“As anotações desse volume despretensioso foram inspiradas num curso de vinte dias que realizamos no Hospital Esperança, sob a direção de Eurípedes Barsanulfo. O amado benfeitor, utilizando-se do versículo acima, reuniu uma centena de almas que cooperam ativamente no labor da psicografia junto ao movimento espírita, concedendo-nos a alegria de compartilhar de sua venerável bagagem em admiráveis e inesquecíveis lições da vida, enfocando o orgulho como o principal obstáculo para a aquisição do contentamento eterno e da paz íntima. O benfeitor fez inspiradas análises sobre suas causas, seus efeitos e conduziu sempre nossos raciocínios e sentimentos ao imperativo da humildade como quesito primordial para a instauração do Reino de Deus no altar íntimo da consciência”.
Ermance Dufauz
Olá queridos leitores!
Começaremos a semana com a resenha de um livro que já veio para em minhas mãos três vezes (no caso essa que eu li é terceira) nas outras duas oportunidade eu ensaie uma possível leitura dele, mas não fui até o final. As 03 vezes foi minha mãe que me indicou o livro. Como acredito que tudo tenha seu momento certo na vida, a leitura também. Acredito que há alguns livros que precisamos estar preparados para lermos aquele conteúdo.
Sendo assim a minha hora com esse livro chegou, portanto, vamos à resenha?
No prefácio do livro eu li algo que me chamou muito minha atenção, Ermance afirma que o oposto da felicidade não é a tristeza, é a insatisfação! Segue o trecho que complementa a frase: " a insatisfação humana ocorre porque as criaturas estão vivendo, mas não sabem existir. A tristeza é emoção, pode ser passageira; todavia a insatisfação é estado, resultado de uma enorme sequencia de insucessos, más escolhas que levam o homem a sucumbir e vagar nos caminhos da "porta larga" sob os convites das futilidades mundanas.
Esse livro está divido em 35 temáticas sobre as diferentes facetas do orgulho, são capítulos bem pequenos, contudo poderosos. O primeiro capítulo é sobre a palestra de Eurípedes Barsanulfo.
Nesse capítulo é abordado a questão do vazio existencial que tem atingido muitas pessoas, contudo os espíritas tarefeiros também. O que nesse contexto ficaria um pouco difícil de entender visto que os mesmo, teoricamente estão em constante contato com orações e ajuda ao próximo é explicado que isso acontece pela falta de vigilância e negligência com os aprendizados do dia a dia, não colocar em prática aquilo que é muitas vezes falado. Ou até mesmo, que muitos tanto espíritas como não recorrem às casas espíritas na busca por soluções fácies, onde a melhora de moral e pensamento não seriam necessários.
No capítulo dois intitulado Felicidade do tarefeiro espírita aborda a questão de desistir de persistir no esforço contínuo de ser uma pessoa melhor. “Há uma passagem desse capítulo muito interessante:” Pensará então de si para consigo: para que tanto esforço, se não observo melhoras na minha vida pessoal? Com que objetivos trilhei esse caminho, se não consigo vencer certas limitações que atormentam minha consciência? Porque não logrei um tanto mais de felicidade ante tanta movimentação e empenho na trilha da espiritualização?” E a resposta a essa pergunta é muito interessante.
Muitas vezes esse tipo de pergunta pode surgir pela falta de atenção referente à prática constante, se não diária do autoconhecimento, de que estudo e trabalho não somente os dois pilares para a resposta de todas as nossas questões, ou maiores acertos na vida.
No capítulo seguinte chamado: Estudando o orgulho são abordadas 12 formas de orgulho diferentes, assim como para cada uma delas é explicado o porquê se sente esse sentimento negativo e o que devemos adotar perante cada um deles. Há uma passagem muito boa desse capítulo: “Todas as imperfeições morais são outras tantas portas abertas ao acesso dos maus espíritos. A que, porém, eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma. O orgulho tem esse mecanismo de produzir uma ilusão da avaliação individual, transferindo o mal para os outros, onde é menos penoso verifica-lo”.
E assim seguem os demais capítulos.
Vamos as minhas considerações?
Verdadeiramente um livro de cabeceira sobre a temática. Mesmo sendo um livro voltado para os espíritas, esse livro serva para qualquer pessoa, independente de religião, visto que o orgulho está em qualquer pessoa, indiferente da religião que você tenha escolhido.
Dos 35 capítulos abordando o tema, pude verificar que somente um dos capítulos eu não tenho a personalidade aferida. Contudo faço essa afirmação com pouca certeza! rs , ou seja tenho muito ainda para aprender, muito ainda para trabalhar em mim. Mas com certeza esse é o tipo de livro para ler sempre.
Para não nos esquecermos da necessidade real de estarmos na busca pelo autoconhecimento. Teve um capítulo que eu não me lembro de mais qual, que falava sobre as nossas sombras e lá dizia da irresponsabilidade de profissionais psicólogos ou terapeutas que nos estimulavam a liberar esse lado da sombra. Quando na realidade o certo é você ter ciência da existência dela e verificar meios de lidar com ela para combatê-la aos poucos. Mas não dar vazão a mesma.
Acredito que esse tipo de informação é muito importante, visto que muitas vezes podemos fazer um tratamento com uma pessoa com perturbações mentais maiores que as nossas e não custa nesses casos estarmos sempre alertas.
E vocês, já leram algum assunto dessa temática á respeito: Se sim não deixem de comentar!
Beijos carinhoso e excelente semana a todos!
Natália Carrieri