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Resenha: Política para não ser idiota

Sinopse

Devemos conclamar as pessoas a se interessarem pela política do cotidiano ou estaríamos diante de algo novo, um momento de saturação do que já conhecemos e maturação de novas formas de organização social e política? Este livro apresenta um debate inspirador sobre os rumos da política na sociedade contemporânea. São abordados temas como a participação na vida pública, o embate entre liberdade pessoal e bem comum, os vieses de escolhas e constrangimentos, o descaso dos mais jovens em relação à democracia, a importância da ecocidadania, entre tantos outros pontos que dizem respeito a todos nós. Além dessas questões, claro, esses pensadores de nossa realidade apontam também algumas ações indispensáveis, como o trabalho com política na escola, o papel da educação nesse campo, como desenvolver habilidades de solução de conflitos e de comstrução de consensos. Enfim, um livro indispensável ao exercício diário da cidadania.

resenha política para nao ser idiota

Olá queridos leitores, bom dia!

Chegamos a mais um final da semana e com isso temos a resenha dos livros já lidos. Cheguei a esse livro devido a algum comentário que eu vi do filósofo Sergio Cortella sobre o mesmo. Fiquei muito interessada em ler.

Ele é um livro fininho e o título chama muito a atenção. Deixe em cima da mesa ou leia no ônibus e as pessoas irão querer saber sobre o que se trata o assunto. E já aviso esse livro vale muito a pena para começarmos a ter um real gosto por política.

Vamos à resenha?

O livro todo é escrito como se fosse um diálogo entre os dois escritores, uma conversa. No primeiro capítulo, O indivíduo e a sociedade: Política não é coisa de idiota, onde é explicado pelo filósofo Cortella o conceito da palavra idiota, que vem do grego, idiótes, com significado da pessoa que só vive a vida privada e não possui interesse na política. Diferente dos conceitos atuais, onde idiota é aquele que possui interesse no assunto.

No seguinte capítulo, Conviver: O mais político dos atos, Janine começa a conversa sobre a questão das pessoas na sociedade e dos direitos e deveres que algumas pessoas da nossa sociedade não gostam de seguir as regras ou deveres, mas somente querem exercer os direitos. Já nesse mesmo capítulo o Cortella aborda um pouco sobre a convivência das pessoas em condomínios, como aquelas pessoas que não participam das reuniões de condomínio e essa atitude de não comparecer já se transfigura em um ato político, onde ele diz que “ os ausentes não têm razão”, mostrando assim que a política também está ligada ao nosso cotidiano e não somente a questão de política, governo. Ao final desse capítulo é abordado o assunto sobre o esgotamento ou cansaço das pessoas sobre o tema política e isso é muito preocupante.

Na A política como pulsão vital, eles começam a conversa com o questionamento do capítulo anterior quanto as pessoas estarem cansadas da política e que nos anos 80 houve uma revolução quanto a questão da democracia nos países. Assim como existem muitas pessoas no Brasil que por não terem passado pela época da ditadura,não dão o devido valor à liberdade de expressão. Como se ter liberdade fosse óbvio, mas não o é. E Janine fica espantado com pessoas que acreditam ser melhor uma ditadura no país a uma democracia hipócrita, acredita ela que isso é consequência de pessoas que nunca viveram aqueles momentos.

A associação da política com asco, acredita o Cortella é porque ela é associado a partidos políticos e consequentemente acredita-se que pensar em política ou estar à par é uma coisa de pequena. Nesse capítulo chamado Corrupção causa impotência são abordados essas questões, assim como que na época na Roma antiga estar envolvido com a política era um dever de todo cidadão. Assim como o regime democrático é antagônico dos dias atuais, pois regime democrático significa “ poder do povo”, as pessoas se sentem incapazes de combater a corrupção. Janine nesse capítulo diz que gostaria de reunir todas a pessoas que trabalham em ONG’s, pois são pessoas que fazem acontecer sem precisar o governo mandar, não esperam por soluções, eles propõe as soluções.

Quem deve ser o dono do poder, o quinto capítulo do livro, nesse capítulo, assim como nos anteriores são abordados vários assuntos, um deles é sobre o fato de nós como sociedade e mais profundamente como indivíduos apenas convivemos com pessoas que pensam como nós, que agem como nós ou que até mesmo vão aos mesmos lugares que vamos, não permitimos pessoas com pensamentos diferentes fazerem parte da nossa vida, para assim ampliar nossa forma de enxergar a vida de forma diferente. Isso faz com que não desenvolvamos a democracia de opinião, do convívio e do aprendizado.

Vamos as minhas considerações?

Esse livro é fantástico, a forma de ser escrito, como se fosse uma conversa entre os dois filósofos é muito bacana. Tive momentos que precisei voltar e ler de novo, pois eles começam comum assunto e no final estão falando de outro. Ou seja, precisa ser lido com um pouco de atenção.

E ele dá uma excelente base para começar a ler outros livros sobre a temática de política, pois deixa claro que a política é e faz parte da nossa vida e se ausentar da participação da mesma é não exercer o papel de cidadão que nos compete.

Entender de política e estar a par faz com que possamos efetivamente causar as mudanças necessárias em nosso país, assim como sermos pessoas mais cientes e menos manipuláveis referente a todos os tipos de mídias que chegam até nós.

E você, já leu algum livro sobre política? Não deixe de comentar ou dar sua opinião!

Beijos carinhosos e excelente final de semana!

Natália Carrieri

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