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Resenha: Ensaios de amor

Sinópse

Em um avião percorrendo o trecho Paris-Londres, um homem e uma mulher sentam lado a lado. Um puxa conversa, o outro corresponde. E, junto à esteira de bagagens, ele já tem certeza de que está apaixonado por Chloe. Este enredo todo mundo conhece, mas o que faz de Ensaios de amor um livro único é a profundidade com que o autor analisa cada uma das emoções envolvidas num relacionamento, fazendo uso de um gênero híbrido entre narrativa e ensaio. Alain de Botton, ao lançar seu olhar de filósofo sobre os meandros do amor, produz um livro que é um convite à reflexão sobre os sentimentos muito delicados e até mesmo nebuloso, sobre os quais muitas vezes se prefere calar, como aquilo que não é dito no primeiro encontro, ou a hesitação em dizer “Eu te amo”. Ensaios de amor é um livro que fala a todos. Tanto aqueles que estão se apaixonando quanto os apaixonados e até mesmo aqueles que estão saindo de um relacionamento vão se identificar com esse casal que, como a grande maioria, está tentando descobrir no que reside amar e ser amado.

ENSAIOS DE AMOR

Olá queridos leitores, bom dia!

A semana começando com essa resenha que vou dedicar a uma amiga muito especial, ela é quase minha irmã gêmea separada do nascimento, no final das contas ela foi morar no Rio e veio para São Paulo e foi uma das pessoas que melhor me recebeu em uma empresa até hoje. Ela estava lendo esse livro, mas acabou esquecendo comigo...na época não queria ler mais um livro que falasse sobre amor.

Contudo ele estava lá, parado só esperando aquele momento, sabem? Aquele momento que você está pronta para ler e ele só esperando pacientemente ser lido. Sendo assim o momento chegou e dedico essa resenha a essa minha querida e amada amiga! Que independente de qualquer situação na vida ela, que ela continue a acreditar no amor. Sempre!

Vamos à resenha?

O personagem principal o livro começa a conversar conosco sobre nossas ânsias relacionadas ao amor. Sendo ela uma das mais fortes de todas. Levanta questões como incompreensões mútuas, na qual desejamos que os céus atendam nossas preces e encaminhe, mesmo sabendo que essa possibilidade é bem nula, o príncipe ou princesa das nossas vidas.

Foi em Dezembro que os personagens principais dessa história encontram-se, dentro de uma avião. A passageira que estava a sua esquerda começou a ler as instruções em caso de acidente aéreo e os procedimentos a serem realizados. A mesma solta um comentário, não sendo direcionado a alguma pessoa em específico, de que se o avião cair todos iriam morrer, então para que aquelas instruções.

Sendo assim o personagem responde ela que essa seria uma forma de acalmar ou tentar os passageiros em seus voos. No começo dessa conversar, eles acabam sendo interrompidos pela comissária que começa a oferecer o almoço. Sendo que ele ia recusar o lanche, mas ela solicita que ele pegue, pois assim ela come os dele.

Mais adianta na história, nossa personagem ganha nome e é Chloe, nesse momento, o voo já havia pousado e agora eles estavam na parte de pegar as malas na esteira. Ela solicita a ele que dê uma olhada em sua bolsa enquanto ela vai ao banheiro e quando volta ele começa a reparar em suas feições, no caso que ele virá aprender mais para frente que geralmente ela sempre tem essa feição, de uma pessoa que precisa ser consolada.

Nesse momento nosso personagem percebe que a ama, enquanto ela discorre sobre uma história que ele considera chata e que ele não dá muita atenção, ele começa a reparar em seus trejeitos e lá ele pode concluir que estava de fato interessada nela. No caso a história dela era chata, mas ela não a considerava de tal forma, visto que o que importava naquele momento não era exatamente o que ela estava dizendo, mas que era ela quem estava dizendo tais afirmações.

Nesse momento o personagem conversa com o leitor sobre a questão da idealização, visto que tolera a si mesmo já causa problemas suficientes, naquele momento ele já não conseguia ver Chloe como um ser humano. e ele cita uma frase: " Nós nos apaixonamos esperando não encontrar no outro o que sabemos estar em nós mesmos - toda a covardia, fraqueza, preguiça, desonestidade, comprometimento e estupidez bruta. Mesmo ciente disso tudo, ele não deixou de se apaixonar. Eles trocam telefone antes de saírem do aeroporto.

No terceiro capítulo, chamado o Subtexto da sedução, encontraremos nosso personagem desesperado para se recordar do número passado à ele, pois aos trocarem telefones, ele fez questão de guardar somente na memória. Contudo ele se lembrava vagamente do número passado por ela. Só no dia seguinte ele consegue acertar o telefone dela. Mas a essa altura ela estava impessoal.

Chloe se explica que naquele momento ela não consegue falar, pois está muito ocupada e que retornaria a ligação. A mesma retorna, depois de uma semana. Tento assim, o telefone virado para o personagem um instrumento de tortuna. Ao pegar o telefone e perceber que é ela, ele não consegue esconder sua frustação por ter ele feito esperar tanto tempo. Mesmo assim, apaixonado que está tentar marcar um almoço, mas ela realmente não pode, está muito ocupada. assim como não poderia jantar, mas ela propõe que se encontrem naquele mesmo dia, no período da tarde para dar uma volta na National Gallery ou alguma coisa do gênero. E eles se encontram.

Vamos as minhas considerações sobre esse livro?

Realmente quando dei minha primeira folheada despretenciosa, não achei de fato interessante, visto que a temática amor já não estava me interessando tanto. Então deixei ele de lado e fui ler outras coisas que para mim, naquele momento seriam mais interessantes.

Mas a vida sempre dá um jeito de começarmos aquilo que evitamos. Pois bem a oportunidade surgiu e eu achei interessante, ele não chega a ser uma livro pequeno, possui 194 páginas, mas é perfeito para levar na bolsa no seu estilo pocket. A leitura é leve e como o personagem principal sempre está mostrando seu lado racional com pensamento de filósofos sobre o amor e cada nuance dele a leitura é muito boa. Acaba não sendo somente uma leitura de um romance. Mas um livro pequeno que acrescenta demais.

Ao final da leitura me peguei pensando em como somos todos , ou quase todos, iguais sobre a questão do amor e ser amado. E que muitas vezes repetimos atitudes e histórias sem perceber. O interessante é que ao longo da leitura, é impossível não se identificar com o personagem principal, embora eu tenha achado ele dramático em algumas questões.

Mais uma vez um livro do Alan De Botton aborda a questão da traição. Contudo dessa vez é perceptível a diferença na forma como os casais lidam com ele. Pois no livro O curso do amor, os personagens já são casados a muito tempo, e já no Ensaios de Amor é um relacionamento de namorados que não moram juntos de fato, mas que já possuem uma intimidade maior. Então é interessante a diferença sobre a mesma questão.

Por ser um livro Pocket, vale a pena porque ele cabe tranquilamente em qualquer bolsa e não pesa, o que já ajuda na escolha de ler ele durante a semana, indo ao trabalho, caso você pegue condução, como eu. Enfim...vale a leitura sim e tirar suas próprias conclusões sobre a paixão e nossa forma de lidar com ela.

E vocês, já leram esse livro ou algum desse filósofo? Não deixem de deixar seus comentários abaixo!

Beijos e excelente 2018

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