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Resenha: Como Adam Smith pode mudar sua vida


Sinopse

Adam Smith se tornou o pai da economia moderna depois de escrever A riqueza das nações. Mas pouca gente sabe que o filósofo escocês do século XVIII também tinha muito a dizer sobre comportamento e ética.

Ele desenvolveu suas ideias sobre o modo como nos relacionamos, a maneira como tratamos as pessoas e as decisões que tomamos no livro Teoria dos sentimentos morais.

O pesquisador e economista Russ Roberts examinou essa obra – prima esquecida e descobriu um tesouro de sabedoria prática e atemporal. Em Como Adam Smith pode mudar sua vida, ele mostra que as reflexões do pensador sobre a natureza humanas são tão relevantes hoje quanto eram há 300 anos.

Como conhecer a si mesmo? Como ser feliz? Como não se enganar? Como ser amado e amável? Como tornar o mundo um lugar melhor? Como viver no mundo moderno?

As respostas inesperadas de Adam Smith, analisadas no contexto dos acontecimentos, da literatura, da história e da cultura pop atuais, são profundas, surpreendentes e até divertidas. Russ Roberts reinterpreta os pensamentos do filósofo e lança uma nova luz sobre questões simples e complexas do nosso dia a dia.

Obs: Como estive em falta com vocês na semana passada, essa semana teremos postagem de resenhas a semana toda! Espero que gostem!Fiquem ligados!

Olá queridos leitores, bom dia!

Hoje vamos com uma resenha de um livro que eu me enganei completamente quando peguei emprestado do meu namorado que me recomendou para ler. Pensava que se tratava de um livro que aborda a temática da psicologia do porque a pessoa compra e comportamentos referente a esse assunto. Todavia, percebi que não era isso ao ler! Sendo assim, vamos a resenha?

Como Adam Smith pode mudar a sua vida, capítulo inicial do livro, começa com uma série de questionamentos, como por exemplo, o que é uma boa vida? O que significa ser feliz? Entre outras perguntas. Em seguida o autor diz que algumas desses questionamentos o escritor escocês Adam Smith tentou responde-las no livro, Teoria dos sentimentos morais, sendo uma tentativa para explicar de onde vem a moral e porque as pessoas são capazes de agir com dignidade, mesmo quando isso vai contra suas crenças pessoais.

Contudo nesse capítulo é explicado que esse filósofo é mais conhecido pela sua segunda obra, A riqueza das nações. O autor, Russ é economista e diz que ele deve admitir que ele não havia lido a primeira obra de Adam, no caso a Teoria dos sentimentos. O escritor dessa obra também possui um programa de PodCast, no qual um amigo que ele ia entrevistar sugeriu a ele que fizesse a entrevista justamente com a temática sobre esse livro que ele ainda não havia lido.

Por ser um economista ele possuía os dois exemplares, sendo assim ele o pegou e começou a ler, todavia a leitura em um primeiro momento mostrou-se mais complexa para ser entendida e assimilada, chegando a fazer ele pensar em cancelar a temática da entrevista. Russ persisti na leitura e aos poucos ele foi fisgado pelos escritos que estavam naquela obra.

Quando uma situação acontece com outras pessoas, a capacidade do ser humano em se sensibilizar com a situação é menor do que quando uma situação acontece com o próprio. Como exemplo, poderia haver um terremoto na China e matar diversas pessoas, a pessoa se sensibiliza e demonstra sua tristeza, mas assim que essa mesma pessoa se depara com seus afazeres diários, esse sentimento e essa preocupação são substituídos por suas preocupações próprias.

Mas se no mesmo dia essa mesma pessoa recebe a notícia de que terá que amputar o dedinho da mão por conta de um câncer, mas o médico garante que com isso, tudo ficará bem, naquele exato dia, essa mesma pessoa não conseguirá dormir por conta do fato estar acontecendo com ela. Ou seja, ele quer demonstra com esses exemplos ( do terremoto e do dedo) no capítulo 2, como conhecer a si mesmo, que efetivamente nos comovemos, mas quando se trata de problemas e situações pessoais a preocupação é efetiva. E aí ele entra na questão de que o ser humano é egoísta e que nossas relações, muitas vezes são baseadas na troca e na vantagem que podemos ter com elas.

Outro ponto abordado nesse capítulo é que sim, as pessoas se importam, mas até que ponto? Com o exemplo do terremoto, o autor vai se aprofundando quando , por exemplo, essa pessoa que pode perder o dedo deve escolher, entre o dedinho dela e a vida de milhões de pessoas em um terremoto. E aí surgem dois questionamentos. Se eu não me importar comigo, quem se importará? E se eu me importar apenas comigo, quem serei? E esse é segunda forma para se conhecer. A primeira é admitindo que somos seres egoístas e a segunda é a que em momentos de decisões, como a vida de milhões de pessoas, somos capazes de passar por cima do egoísmo e agirmos de uma forma que não está ligada com nossos verdadeiros interesses pessoais.

Como ser feliz, 3º capítulo é abordada a história de Peter Buffet, filho de Warren Buffet, um dos homens mais ricos do mundo. O pai dele trabalha com ações e decidiu dar a fortuna de seu filho quando ele entrou na faculdade, ações de sua empresa, que na época valiam 90 mil dólares. O filho dele precisou escolher entre ser um músico ou seguir com a sua formação na universidade de Stanford, uma das melhores do mundo, sendo que ele sabia que essa faculdade poderia abrir inúmeras portas, mas não permitiria que ele trabalhasse com aquilo que ele realmente gostava de fazer, música.

Peter decidiu abandonar a faculdade, vender as ações e pediu um suporte de seu pai para fazer aquele valor render o máximo possível por o máximo de tempo possível também. Sendo assim por 4 anos ele foi tentando entrar nesse meio musical, vivendo de forma simples, em um apartamento pequeno e com um carro popular. Nesse meio tempo ele tinha um amigo que conhecia outra pessoa que estava precisando de uma música para a MTV e apresentou o trabalho dele para essa emissora e daí as coisas começaram a fluir, fazendo com que mais para frente ele conseguisse receber um Emmy por uma de suas trilhas sonoras.

Nesse capítulo o autor buscar explicar que devemos fazer as escolhas de acordo com aquilo que vai de verdadeiro encontro com o nosso âmago. Atrelada as nossas escolhas está, segundo Adam Smith, o nosso desejo de ser amado. Nesse caso em um sentido mais amplo, no caso queremos que outras pessoas gostem de nós, nos respeitem e se importem conosco.

Vamos as minhas considerações?

Quando o Dan ( meu namorado), me emprestou esse livro e disse que eu deveria ler, admito que não dei muita atenção, simplesmente porque achei que se tratava de um livro sobre a questão psicologia do porque as pessoas consomem e o que as leva a fazer isso...e acabei adiando a leitura. Quando comecei, me perguntei porque eu adiei tanto a leitura desse livro.

Durante toda a leitura Adam Smith assim como o autor te fazem refletir sobre uma série de questões pessoais. Uma das que mais me chamou a atenção foi sobre a fama e sobre ter muito dinheiro.

Sobre a fama, Smith é muito claro, ele nunca a almejou, ou em suas escritas ele não a incentiva ou estimula. No capítulo 5, isso fica mais claro, quando o autor diz que exaustivamente o escritor deixa claro que fama e fortuna não levam a felicidade. Que o que leva a essa felicidade mais plena e que todos almejamos é ser amável e ser amado. Nesse caso dessas palavras, aplicado a esse livro, elas possuem um sentido mais amplo. Que queremos ser queridos e considerados pelas pessoas as quais nos importam. E esses sentimentos e valores é o que importa realmente na vida.

Nesse mesmo capítulo é abordado a questão de até onde vamos para conquistar aquilo que cada um considera importante. O autor levanta as questões como se você se rebaixaria para conseguir um emprego mais bem remunerado ou aceitaria um emprego com um salário melhor, mesmo sabendo que aquele dinheiro e o sistema do qual você trabalha é um sistema corrupto? Por sucesso e fama, você trapaçaria ou até mesmo usaria as pessoas como escadas para atingir os objetivos próprios? E a pergunta final que eu achei muito bacana, que importância tem o dinheiro ou o sucesso profissional para a sua felicidade?

Você já se fez essa pergunta em algum momento? Muitas vezes já fizemos, mas quantas vezes queremos encarar de frente a resposta? Por conta da minha mudança de cidade tive que parar com a minha terapia, mas ela está na minha lista para voltar ano que vem! E a questão é que recentemente estava em um emprego no qual eu detestava tudo o que fazia, os processos eram extremamente burocráticos (sabemos muito bem que processos burocráticos levam a corrupção), fora os esquemas dentro das unidades de atendimento que os profissionais faziam para poder ganhar mais dinheiro de forma ilícita.

Todos que trabalhavam com isso sabiam disso, ou seja, esse dinheiro era sujo. E detalhe, não estou falando de profissionais que não estudaram, pelo contrário. Mas acredito que eles estavam virando mesmo eram profissionais na arte de roubar. Só que o detalhe é que eu estava no meio disso tudo. Até o dia que meu terapeuta me fez falar o que eu não queria enxergar: “Fale que você está trabalhando só por dinheiro!” Eu falei e eu escutei o que estava falando. Naquela madrugada eu acordei as 05h00 e pouco da manhã e não conseguia mais dormir.

Por 5 meses eu não quis enxergar aquilo que mais me incomodava...eu estava trabalhando somente por dinheiro, não gostava de lidar com alguns profissionais que encabeçavam aquele esquema, tanto os donos como, pessoas que trabalhavam no escritório. Sempre acreditei que é possível mudar o Brasil, mas essa mudança vem através das nossas atitudes, e lá estava eu vivendo aquilo que eu sempre critiquei por dinheiro. Ao mesmo tempo esse emprego foi o primeiro no qual eu trabalhei através de indicação. Na minha vida sempre tive o orgulho de conquistar as vagas que entrei por mérito próprio. E de repente estava eu lá, trabalhando só por dinheiro, em uma instituição corrupta, com uma louca sendo minha chefe (sendo que quando ela era subordinada a uma chefia em outra empresa, reclamava da forma como era tratada, mas na hora de fazer diferente, só foi capaz de fazer igual) e trabalhando por indicação, algo que eu particularmente nunca gostei! Meu mundo, desde a hora que eu sai do consultório do meu psicólogo, até a madrugada daquele dia havia caído. Eu havia virado literalmente a Maysa, sabe, aquela que canta: Meu mundo caiu? (Se não souber, corre no youtube, vale a pena). Naquele dia decide que mesmo que eu não encontrasse um emprego, eu sairia no fim do mês daquele lugar. Preferia ficar desempregada a me corromper por mais um mês.

O que quero demonstrar com essa pequena história é que, quais são seus verdadeiros valores? O que guia sua vida? Ter bolsas de marca Hérme? Victor Hugo, Dolce Gabana? Michael Kors? Tiffany? Ou ser uma pessoa que não precisa dessas coisas para conseguir se afirmar (para si mesmo) em uma sociedade? Existe um equilíbrio nisso tudo? Acredito que cada ser humano é capaz de encontrar seu equilíbrio nessa pergunta. E cabe a você saber qual é o seu equilíbrio. Hoje estou na minha folga, sentada em um sofá velho, em um apartamento apertado, conquistando minhas coisas, mês a mês. Posso dizer que esses primeiros meses não têm sido fácil. Mas eu sou muito feliz. Chego no meu trabalho em 20 minutos a pé. Sempre que dá vou na piscina da cidade pegar um solzinho. Tenho tempo para colocar em prática meu hobby que é escrever minhas resenhas, trabalho em uma instituição com pilares sólidos e que busca ser o mais transparente e correta possível, que respeita seus colaboradores e a sociedade onde ela está.

Não tenho mais nenhum profissional ligando no meu celular ou me enviando mensagens no whats me perguntando sobre pagamento, ou dizendo que não recebeu o salário daquele mês,(eram mais de 5 por dia) não tenho mais que conviver com egos tão inflados que mal cabem na mesma sala. Não como mais pizzas da Italy, ou vou em um japonês mais caro que meu próprio salário, não compro mais roupas caras. E sabe o que? Nada disso me faz falta! Só tem uma coisa que eu sinto muita falta, do Dan e do Scotch, o Scotch está sendo muito bem cuidado pela minha mãe e o Dan...já veio me visitar!! Só por curiosidade meu salário é menos da metade do que eu ganhava em sampa.

E sem medo algum posso dizer que o me move não é dinheiro! Mas sim valores e princípios.

E você, está precisando passar por uma noite mal dormida para viver a vida que você sempre quis?

Excelente semana a todos nós!!

Beijos carinhosos

Natália Carrieri

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