Sinopse
O que podemos encontrar de positivo na adversidade?
Todos nós enfrentamos algum tipo de perda, decepção ou fracasso, mesmo que estejamos sempre cercados por riqueza e amigos. A reação mais comum a essas situações é segurar as pontas da melhor forma possível – alguns melhor do que outros – e seguir em frente.
Christopher Hamilton sugere uma abordagem diferente. Com foco na família, no amor, na doença e na morte, ele explora maneiras construtivas de encarar a adversidade; uma forma de aprender com a dificuldade do momento. Através de exemplos da História da literatura e da ciência, Hamilton nos mostra maneiras de reconhecer a adversidade como uma preciosa fonte de aprendizado que vai definindo nossa existência.
Hoje vou apresentar para vocês a resenha de um dos 10 livros da série Como lidar, da The School of life. Essa escola é voltada para ensinar inteligência emocional às pessoas e nos fazer ter uma visão diferente para situações que muitas vezes não aprendemos na escola tradicional, como por exemplo um fim de relacionamento, ou como lidar com suas emoções, como encontrar um trabalho que você ame, entre outros temas.
Encerrando essa semana todos os dias com uma postagem! Espero que vocês possam ter gostado!
Vamos a resenha?
Na introdução do livro, já se tem a abordagem sobre o fato de todas as pessoas na face da Terra, vivenciam situações de adversidades, como fracassos, perdas entre outras situações diferentes de adversidades. Contudo nunca paramos para refletir do porque que essas situações acontecem. Sendo assim, para lidarmos bem com as adversidades da vida é pensar sobre o motivo de haver a adversidade em nossas vidas.
Fazendo essa análise do porque, poder-se chegar a outro ponto que é o que podemos fazer diante dessas situações para tirarmos o melhor daquele momento de dificuldade. O autor do livro propões que uma das medidas para lidar bem com as adversidades é a de aceitar que a vida nunca será livre de acontecimentos negativos, nas palavras dele, para tal, se faz necessário ser realista. Visto que para ele esse é o primeiro passo para podermos mudar diante do que estiver acontecendo em nossas vidas.
O livro é dividido em 4 temas, sendo eles sobre família, amor, doença e morte. No capítulo I Ambivalência ou adversidade na família, é abordada a questão das famílias felizes, por mais idealizadas que elas sejam, não existem.
Incompreensão e adversidade no amor, capítulo dois do livro, o autor começa o capítulo dizendo que essa temática é muito discutida, já que hoje em dia há diversos sites de relacionamentos para todo os tipos de perfis, vegetarianos, para nerds, que gostam de determinado filme ou até mesmo aplicativos para relacionamentos. Mas sabemos que a realidade, mesmo sendo muito conversada ainda é idealizada e passada de outra forma aos nosso olhos e mente. Sabe-se que hoje o número de divórcios aumentou, assim como nós mesmo já sofremos com a perda de um amor, ou um amor não correspondido. Assim como ainda nos dias de hoje é dado como imoral querer estar com alguém somente por interesse financeiro.
Ele começa essa temática com o subtítulo se apaixonando, no qual é dito que o desde a época de Platão e Sócrates o amor romântico é visto como uma forma de intoxicação ou loucura. Contudo não há dúvidas que essa intoxicação é importante para o amor romântico. De acordo com Max Weber vivemos em uma sociedade em constante desencanto, já que tudo ao nosso redor existe uma explicação científica. Essa experiência da paixão, faz com que a partir do momento que acontece nos faz enxergar, não somente a pessoa amada, mas tudo ao nosso redor mais belo, e essa sensação proporciona um tipo de sentimento de estar em paz com o mundo.
O cristianismo possui influência sobre a questão do amor romântico, há uma passagem de Paulo citada no trecho do livro como exemplo, no qual ele fala sobre o amor que tudo suporta, não guarda rancor, etc. Sabe-se que o amor que Paulo está falando não é sobre o amor entre homem e mulher, mas todos esses conceitos são aplicados nas relações humanas. Há também o processo de cristalização desse sentimento, principalmente quando o mesmo não é correspondido, o que Stendhal chama de cristalização, ou seja, é processo que transforma qualquer acontecimento numa prova de que o ser amado é perfeito.
Esse processo de cristalização recebe o nome de segunda cristalização, quando se ama e não é correspondido, já que a pessoa que ama começa a justificar tal atitude buscando justificativas que o levem a acreditar que de fato esse é uma forma da pessoa amada demonstrar seu sentimento por ele, ou ela. A cristalização é apenas um exemplo disso, assim como a participação da imaginação, na qual as pessoas podem se apaixonar não necessariamente por quem aquela pessoa é, mas pelo que ela aparente, alguns fatores são a fama, posição social ou até mesmo o cargo que pessoa possa possuir dentro de uma empresa.
Em seguida o autor diz que uma das formas de não se machucar tanto pelo amor não correspondido e ter consciência de nos primeiros momentos da paixão a pessoa passa a enxergar seu alvo como um ser perfeito e sem defeitos. Quando pessoa apaixonada consegue perceber esse momento e se distanciar dele a chance de sofrer é menor. Consequentemente se você consegue enxergar esse amor não correspondido com uma diversidade da espécie humana e assim enxergar isso como algo positivo , nesse momento você terá tirado o melhor proveito de uma situação não favorável.
Christopher aborda que ainda temos a ideia do amor ter que se incondicional, que é uma ideia proposta pelo cristianismo. Como quando se está em um relacionamento e as coisas começam a não dar certo, as pessoas envolvidas irão querer resolver a situação , desde que eles não estejam saturados. Quando isso não acontece as pessoas procuram soluções para os problemas.
Vamos as minhas considerações?
Adquiri esse livro da The School of Life quano trabalhei lá. Especificamente esse da adversidade, comprei porque estava passando por uma fase muito negativa no meu relacionamento passado e acreditei que de alguma forma esse livro poderia me ajudar.
Ele realmente me ajudou, percebi que eu era aquela pessoa no relacionamento que estava saturada e não queria mais encontrar soluções para o problema. Hoje obviamente percebo isso com muito mas clareza. Percebo que os livros da The School, principalmente os que tratam da temática amor, buscam olha para esse sentimento de uma forma mais “pé no chão”, menos romantizada. Principalmente quando o autor procura mostrar a dissociação do amor ao que aprendemos e que influência nossa forma de nos relacionar, com os ensinamentos do cristianismo.
O livro aborda sobre outras duas temáticas diferentes, família e morte e como lidar com algumas adversidades ligadas as essas situações. A temática sobre a morte e do amor eu considero as mais interessantes e na qual a leitura flui com mais facilidade, sobre a família, já achei um pouco mais chato.
Sobre a morte há uma foto de duas páginas, onde há uma pessoa sentada olhando para a paisagem a sua frente a legenda a foto é que a vida pode lhe bater com toda força quando você está plenamente consciente de sua mortalidade. Já que no nosso dia-a-dia nunca paramos para perceber que somos seres muito frágeis e que verdadeiramente, a qualquer momento podemos não estar mais aqui com as pessoas que gostamos.
Muitas vezes esse tipo de pensamento aparece quando uma doença nos acomete e precisamos lidar com essa circunstância. E como lidar com ela? De forma pesada ou leve? Também é nesses momento que muitas vezes reavaliamos nossas vidas e que algumas pessoas percebem que até aquele momento, poderiam ter feito mais e melhor. E ai ó autor aborda nessa questão que para momentos como esses na vida é menos uma questão de o que se faz, e mais de como se faz.
Eu gosto do livro...mas não sei se recomendaria ele para comprar, mas vale a pena dar uma espiada, os livros da The School em sentindo de autoajuda, não são livros vazios, mas você percebe por parte dos autores um embasamento sólido em tudo aquilo que eles falam. Portanto não é uma autoajuda barata, na qual é proposto que com a força do pensamento você vai aprender a amar mais e melhor e que com o pensamento você irá ter uma relacionamento perfeito com seus familiares ou se curar de uma doença.
Eles propõem que se olhe para os problemas de frente e que seja possível encarar aquele momento da adversidade consciente de que está acontecendo, mas qual a melhor forma para lidar com ela de forma realista.
E vocês, já leram algum livro da coleção da The School of Life? Não deixem de comentar
Beijos carinhosos
Natália Carrieri